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Mostrando postagens de 2010

Comunicado de Phil Ryder (Druid Network - England)

" É com grande prazer que nós da Druid Network anunciamos que, em reunião da Comissão de Filantropia no dia 21 de setembro, a Druid Network foi reconhecida como instituição filantrópica que promove a religião Druida. Esse é o resultado de muitos anos de trabalho, durante os quais a Comissão questionou todos os aspectos da prática, crença, e coerência do druidismo e o caráter de benefício público da Druid Network. Isso significa que o druidismo agora é reconhecido como uma religião válida de acordo com a Lei da Filantropia da Inglaterra. Isso dá ao druidismo o mesmo status de outras religiões reconhecidas, em todas as áreas, inclusive nos locais de trabalho - um grande passo e motivo de celebração ." E nós, membros brasileiros da Druid Network, nos regozijamos com o maravilhoso trabalho da Rede! Slán, O. MacR. - Membro DN / Brazil

Godai - Cinco Elementos

No Shugendô a compreensão da constituição da matéria e seus fenômenos se dá através de um esquema chamado Elementos Básicos ou Naturais. Este conceito pode receber desde uma abordagem minimalista que consideram os poderes dos Elementos em sua manifestação objetiva até uma mais sofisticada onde os Elementos seriam chaves de acesso à conceitos a que estão conectados, ou seja, uma abordagem mais abstrata e refinada. A tradição do Budismo Esotérico (Mikkyo), a qual o Shugendô é herdeiro direto, afirma a existência de cinco Elementos Básicos (terra, água, fogo, ar, vazio/éter) que diferem do conceito popular dos Cinco Movimentos da cultura chinesa. Este cinco Elementos Básicos são complementados, no Budismo, pelo sexto elemento, a Mente, formando um total de seis. Muitas ilustrações de Dainichi Nyorai, figura central do Budhismo Esotérico japonês, apresentam-no executando um gesto com as mãos conhecido pelo nome de Mudra dos Seis Elementos ( 智拳印 Chiken-in), onde o dedo indicador da mã

Teoria das Três Eras

Foi por volta do século XVI que floresceu nos meios ocultistas a teoria acerca da chegada da Era do Espírito Santo, teoria esta desenvolvida a alguns séculos pelo teólogo italiano Joaquim de Flora (1135-1202), e evocada até mesmo nos Manifestos Rosacruzes. Segundo De Flora, a história da humanidade estava dividida em Eras (Aeons para os hindus) associadas a cada uma das figuras da Santa Trindade. A Primeira Era chamada de Era do Pai (D’us Pai) tinha como principal característica a ação de D’us sob a forma de ADNAI (O Senhor), estabelecendo assim o período de temor e obediência que prestavam os homens ao seu D’us. Nesta época D’us era visto como um agente externo, que regulava a vida humana através de Leis a serem cegamente observadas e, por este motivo, foi associada por De Flora com a flor da urtiga. O início desta Era do temor e da submissão às Leis Divinas deu-se com a emanação de ADAM. A Segunda Era foi batizada como a Era do Filho (D’us Filho) e teve início com a descida de

Solstício de Inverno

O frio, sentido desde o meio de outono, torna-se cada vez mais severo e poderoso. Os raios de Sol fraquejam em sua missão de aquecer a Terra e doar sua energia vital aos seres. O planeta, neste momento, assume uma inclinação que beneficia o banho astral de Renovação, os animais e plantas se recolhem, a mente humana acompanha esta tendência. O reinado da luz dá espaço ao reinado das trevas, os dias tornam-se mais curtos e as noites de nossa Alma cada vez mais longas. O fruto da semente de Pã agora vai adormecer calado, recluso e temporariamente reflexivo no útero da Terra. Aquilo que plantamos e colhemos nos outros períodos do ano deve ser agora estocado e nos alimentar durante a estiagem. Saborearemos individualmente os frutos espirituais e fraternos sejam eles doces e abundantes ou mesmo amargos e escassos. Sob influência de Saturno, podemos nos conectar intimamente com os Mestres do Passado, com Seres Superiores, com as entidades menores auxiliares e com nossos Ancestrais e entes

O Mistério Inefável

O chamado Mistério Inefável, conhecido deste modo em diversos ramos da Igreja Gnóstica, consiste no ritual através do qual a porção superior do homem têm contato com seu funcionamento mais rudimentar. É o meio pelo qual somos unidos, de um modo muito especial, ao Pleroma. O método, ritualisticamente expresso, pelo qual nos unimos à Yeshua é através do consumo do sangue e do corpo pneumático sob a aparência de pão e de vinho. A transformação dos símbolos em essência ocorre pela Transubstanciação que só é possível através da descida de Shin sobre os elementos do altar. Isso significa que, efetivamente, ocorre a aproximação das ondas de influência de Shin sobre os elementos, sendo possível, àqueles especialmente sensíveis, notar através da visão clarividente a alteração da aura do local que envolve a Assembléia e Presbítero. As orações empregadas são especialmente importantes, contendo fórmulas específicas, capazes de sintonizar a oitava corresponde e, por consonância, manifestar a pr

Divindades das 28 Mansões Lunares

Na antiga Índia, o agrupamento dos 28 pontos por onde passa a Lua em seu ciclo, era associado a cada uma das constelações de estrelas que se encontram no fundo estelar. Cada uma destas casas ou constelações é associada a uma divindade que a comanda, e varia de região para região, nações ou escolas específicas. Este conceito de seres divinos para cada etapa da Lua e para cada constelação foi levado para China por volta do século II da era atual. Quando este agrupamento de divindades foi incorporado ao budismo esotérico chinês, naturalmente foi levado para as escolas esotéricas do Japão. Lá foram estudadas e nomeadas de Mansões Lunares e foram divididas em quatro grupos, cada qual composto de sete constelações. Cada um destes grupos são associados a um dos pontos cardeais (norte, sul, leste, oeste), um Emblema Celestial (Animal Celestial), Guardião Budista Cardeal, uma estação da natureza, uma cor e tantos outros atributos. No Japão, as 28 divindades das Mansões da Lua são frequen

Equinócio de Outono

Após seu gradual declínio, o Sol atinge seu período irreversível de decrepitude, passando pelo último suspiro de equilíbrio (o dia do Equinócio) e entregando-se livremente à morte que o aguarda. O martírio de suas forças têm início, tudo que possuía de energias e vitalidade foi doado e seguirá aguardando a morte do Inverno. Sua vida agora reside nos frutos da matéria (trigo) e do espírito (vinho). O Equinócio de Outono nos convida para a reflexão dos frutos que estamos colhendo em nossas vidas: frutos de idéias, emoções e projetos que foram plantados. Este é o momento de saborearmos os últimos suspiros de energia solar, de estocarmos os bons resultados usando-os com sabedoria e de refletir sobre as sementes dos frutos que queremos guardar e daquelas que devemos banir para que não se repitam em nossas vidas. A natureza se recolhe, a vida se recolhe na esperança das sementes e nós podemos aprender um pouco mais através da reflexão e do recolhimento de nossas mentes e corações. N

Treze Budhas da Escola Shingon

Jusan Butsu (十三仏) , ou os Treze Budhas da Escola Shingon, são frequentemente representados através de imagens dos cinco Budhas, sete Bodhisatvas e Fudô Myôo. Todos juntos, representam a divindade que preside as Mandalas Taizokai e Kongokai. No Shingon, é dito que estes treze Budhas auxiliam as pessoas durante a vida e no pós-morte, orientando-os ao Reino da Iluminação. Na Escola Shingon, quando da preparação de funeral para um de seus devotos, é seguido o seguinte calendário de invocação das divindades no: sétimo, décimo quarto, vigésimo primeiro, vigésimo oitavo, trigésimo quinto, quadragésimo segundo, quadragésimo nono, centésimo dias e no primeiro, terceiro, sétimo, décimo terceiro anos em memória do devoto falecido. Trataremos, em algumas postagens, as divindades que constituem o quadro dos Treze Budhas, abordando suas características, sua imagem, sua sílaba semente (sílaba sânscrita) e as pronúncias do mantra em japonês e sânscrito.

Meio de Verão

O período chamado de “meio de verão” marca o ápice da influência do calor e luz solar e, ao mesmo tempo, é quando inicia seu declínio depois de tempos oferecendo sua vida. Que neste ápice da Casa de Aquário sejamos gratos a todos os projetos alcançados, as realizações atingidas e metas cumpridas. Após sua completa doação de forças para suprir nossas necessidades, o Sol inicia sua perda de forças, chegará no estágio da decrepitude no Outono, passando pela agonia rumo a morte que ocorrerá no primeiro dia de Inverno.

Meu Tao

Altar Taoísta da SBT/SP onde tive a honra de passar pela Cerimônia de Iniciação. "Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido, Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás. E cada vez menos é feito até se atingir a perfeita não-ação. Quando nada é feito, nada fica por fazer. Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso. E não interferindo." Cap. XLVIII - Tao Te Ching Frater A.E.L.

Zaō Gongen

As lendas dizem que En No Gyōja, patriarca do Shugendô, visitou a montanha de Kinpunsen visando, através de um retiro, obter contato místico com uma deidade que pudesse guia-lo no caminho de libertação dos seres senscientes e subjugar as criaturas demoníacas, destruindo a ilusão. De acordo com a tradição, Zaō Gongen apareceu em resposta às orações do mestre, porém, só após insistentes apelos e aparições prévias de outras divindades budhistas pacíficas. No início três divindades pacíficas surgiram para o mestre: 1° O próprio Budha histórico, Shakyamuni, Senhor das Eras Passadas; 2°O Bodhisatva da Compaixão, Kannon de Mil Braços, Salvador da Era Atual; 3° Miroku Bosatsu, o Budha Futuro, Restaurador do Dharma. En no Gyōja prosseguiu em suas preces novamente, concentrando-se em uma divindade específica que revelou-se, o Avatar Zaō Gongen, concedendo à En no Gyōja poderes sobrenaturais. Esta lenda surge por volta dos séculos XII e XIII, após a passagem final de En no Gyōja, possu

Introdução ao Shintô

Começaremos abordar em um conjunto de tópicos, em linhas gerais, a história do Shintô desde a antiguidade até a era contemporânea, incluindo explicações a cerca de outras religiões e filosofias influenciadas pelo Shintô, como o Taoísmo, Budismo, Omyô-dô, Confuncionismo, Shugendô e o Cristianismo. Sabemos que o conceito de Shintô abarca uma série de facetas de um fenômeno religioso nipônico, mas o dividiremos de uma maneira pedagógica em nossa abordagem em: Jinja Shintô (Shintô de Santuário), Kyôha Shintô (Seitas Shintô), Shintô Imperial (Kôshitsu Shintô), e o chamado Shintô Folclórico (Minzoku Shintô), além da filosofia e escolástica Shintô (Gakuha Shintô). Por outro lado, poderíamos utilizar diferentes categorias de Shintô de acordo com o período que surgem nos momentos específicos das eras históricas do Japão, descrevendo-as por suas características e desenvolvimentos em cada uma delas. Assim, os sentimentos de gratidão, súplica e temor que caracterizam o antigo culto kami (Ji