Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2009

Mdme Charlotte de Boecklin

"Eu tenho no mundo uma amiga como ninguém possui, só com ela minha alma podia expandir-se à vontade e conversar sobre os grandes assuntos que me ocupavam, porque só ela consegue adaptar-se à medida dos meus desejos, e ser-me extremamente útil". L.C.S-M. Foi em 1788, por intermédio de Madame Charlotte de Boecklin, que Saint Martin conheceu a obra do iluminado sapateiro alemão Jacob Boehme, enquanto recebia dela o apoio de uma alma compreensiva. O Filósofo Desconhecido dizia ter dois Mestres: Pasqually com o qual convivera por longos anos e por quem foi iniciado na Ordem dos Elu Cohen e Jacob Boehme, que conheceu através das obras e que dizia ter sido espiritualmente iniciado, ganhando a obra de Saint Martin um caráter mais místico, focado na oração, meditação e contemplação graças a Boehme. Se a visão de Saint Martin sobre a espiritualidade sofreu uma reviravolta graças a obra de Boehme, foi Mdme Boecklin a responsável por apresentar o Discípulo ao Mestre... P

Martinismo Livre

"Nosso lembrado Irmão Augustin Chaboseau escreveu algumas notas sobre o que chamou de sua “Iniciação” pela sua tia Amélia de Boisse-Montemart, que não deixam a menor dúvida a respeito, tratava-se unicamente da transmissão oral de um ensinamento particular e de certas compreensões das leis do universo e da vida espiritual, o que em nenhum caso pode-se considerar uma iniciação ritualística propriamente dita. As linhas que uniram Augustin Chaboseau, Papus e outros e que provém de Saint-Martin são, com efeito, linhas de afinidades espirituais... É justamente neste ponto que aparece a profunda contradição existente, de um lado, entre o desejo de liberdade interior que deve desprender-se de todo formalismo para permitir à personalidade espiritual estabelecer-se e definir-se fora de toda classe de coletividades e, de outro lado, esta espécie de desmentido ao anterior que parecem aportar certos ocultistas dos fins do século XIX, ao criar suas associações, Ordens e Sociedades. Exist

Catarismo: o fundamento da Ecclesia Gnostica

“Mateus foi escrito para os hebreus; Marcos, para os romanos;Lucas, para os helenos; João, para todos os povos do Universo.” O Santo Sínodo declara: · O restabelecimento da hierarquia permite a Restauração do simbolismo gnóstico. · O Consolamentum, a Fração do Pão e o Aparelamentum da Assembléia Albigense está restabelecido. · Os Bispos e seus adjuntos podem conferir sozinhos o Consolamentum. · Todo fiel, Perfeito ou S::: I::: pode oficiar a Fração do Pão. · O Aparelamentum é um privilégio exclusivo do patriarca estabelecido. · A Ordem Martinista é declaradamente de essência gnóstica. Todo S::: I::: toma seu lugar equivalente ao nível dos Perfeitos. · O Evangelho de João é o único Evangelho Gnóstico. À partir desta declaração, que consta na revista L'Initiation, notamos: a influência cátara sobre o restabelecimento da Igreja Gnóstica, a importância dos três rituais que são a essência da doutrina cátara, e a influência desta doutrina sobre a Ordem Ma

As mulheres no Martinismo (Parte I)

Quando Ragon escreveu sobre o problema da Maçonaria disse que “se nosso pai Adão quisesse abrir uma Loja no paraíso, só poderia faze-lo com sua esposa Eva” e muitos maçons depois ainda citam que sendo Eva a primeira a comer do fruto da Árvore do Conhecimento, esta teria sido a primeira iniciada, e só posteriormente Adão seria iniciado por ela. Examinaremos neste artigo não só a questão da mulher na iniciação mas em específico o papel da mulher na iniciação Martinista e sua atuação no decurso histórico. Sabemos que o iniciador deste movimento foi Martinez de Pasqually que fundou a Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos Cohen dando início ao movimento Martinezista, ordem esta que participaram Jean Baptiste Willermoz, responsável por retificar o movimento inicial criando o Willermonismo através do Rito Escocês Retificado, e Louis Claude de Saint Martin, que fundou o movimento Martinista. Apesar de inicialmente não organizado na forma de uma Ordem, anos depois da existência de nosso V

Martinismo Napolitano

Como já dizia Mestre Nebo: “ Sob o nome de Martinismo Napolitano, designa-se o grupo de discípulos de Eliphas Levi na cadeia martinista estabelecida no reinos das duas Sicílias, e igualmente descendentes na cadeia do Barão Nicola Spedalieri, que era napolitano.” Além de Spedalieri, que é um grande sustentador da tradição nesta região, devemos citar o advogado Giustiniano Lebano, de Torre Annunziata, Nápoles, que é autor de muitas obras ocultistas. Este foi um refugiado político na França e foi iniciado por Eliphas Levi na Magia Transmutatória. Retornou à Itália após a unificação, aposentado fixou-se na região aos arredores do Vesúvio onde se dedicou a ensinar e praticar a doutrina Martinista. Lebano faleceu no início do século passado, deixando um grande legado no campo místico. Outro napolitano da região de Portici, nos arredores do Vesúvio, foi Pasqualle de Servis, que emigrou para Paris à negócios, entrando em contato com o Círculo de Eliphas Levi, sendo aceito discípulo